30 abril 2011
29 abril 2011
28 abril 2011
27 abril 2011
Matarruanos!
Matarruanos são aqueles que autorizam montar uma tenda de circo no relvado do campo de Futebol e deixam que os camiões do dito circo estejam parados sobre a pista de tartan!
Mesmo tartézios!
Até parece que são espaços com uma manutenção simples e que qualquer reparação é baratinha!
Santa ignorância!
É o mesmo que dar "pérolas a porcos"!
Haja dinheiro para gastar!
Nota: desculpem lá o aglomerado de expressões alentejanas.
26 abril 2011
25 abril 2011
Sob o olhar...
Queria...
Que dualidade esta!
Se por um lado me sinto nas nuvens por voltar para junto da minha gaivota,
por outro sinto o coração apertado por quem lá deixo...
Os manos que queria perto,
os velhotes com o peso da idade a notar-se mais de dia para dia,
os amigos para os quais pouco tempo há...
Queria o n@s, o eles, o aqui e o lá
Queria n@s com eles e o aqui mais perto de lá.
Queria que os dias de cegonha fossem possíveis nos dias de garajau!
22 abril 2011
Queria..
Queria-te aqui.
Queria-te a meu lado.
Queria passear contigo de mão dada e mostrar-te os cantinhos da minha infância e juventude.
Queria que fosse tudo mais fácil, pois o que é um facto adquirido para outros casais, uma questão que nem se coloca, para n@s é uma dificuldade, uma barreira.
Pode-se dizer que é uma barreira irreal, que não a ultrapassamos porque não queremos...não é tão linear assim.
Enfim...
Queria-te aqui.
Queria-te a meu lado.
Queria passear contigo de mão dada e mostrar-te os cantinhos da minha infância e juventude.
Queria que fosse tudo mais fácil, pois o que é um facto adquirido para outros casais, uma questão que nem se coloca, para n@s é uma dificuldade, uma barreira.
Pode-se dizer que é uma barreira irreal, que não a ultrapassamos porque não queremos...não é tão linear assim.
Enfim...
Queria-te aqui.
20 abril 2011
Pitoresco...ou talvez não
Apesar dos cabelos brancos, da falta de cabelo, das rugas e de um ou outro pormenor, as pessoas que por aqui vejo, são as mesmas.
Há a geração em que todas as mulheres têm o cabelo da mesma cor e com o mesmo corte e em que os homens exibem todos a sua maior ou menor protuberância abdominal (motivada por muito petisco e minis bebidas no encosto do balcão).
Há a geração dos mais velhos, em que as mulheres, religiosamente, bebem o seu café (café não: descafeinado, garoto ou bica cheia) todas as manhãs no mesmo café de sempre e em que os homens bebem o seu café sempre acompanhado do dedal de aguardente e que depois passam o resto do dia encostados às mesmas paredes e cantos de outros tempos (arrisco a dizer que alguns cantos até estarão mais polidos à conta de tantas geraçōes de encosto), tal e qual lagartos ao sol.
Os mais idosos que estes, a maioria vestidos de negro, mantêm-se fiéis à sua cartada e aos seus bancos de jardim, escolhidos em função da hora do dia, para não levarem com o sol; quanto às mulheres, essas...não se vêem, a não ser na farmácia ou a ir buscar água à fonte.
Os mais novos, esses, rapazes e raparigas, seguem em demasia o caminho do morcego, dormem o dia todo e vêem-se ao fim da tarde, momento em que começam a romaria das esplanadas e bares, bebendo e fumando em demasia.
Numa terra em que socializar implica sempre ter um copo à frente, o que, para além disto, têm em comum todas estas pessoas?
O que de comum há em todas as pequenas vilas do nosso país...todos falam de todos e todos têm algo a dizer sobre os actos dos restantes.
Todos têm em comum o repetir dos hábitos das geraçōes anteriores, pois todos mudam o seu pouso à medida que avançam na idade (como quem progride no status local) e todos apresentam os mesmos gestos e actos que criticavam nos seus antecessores.
Obviamente há quem se alheie de tudo isto, os incompreendidos pelos restantes, aqueles que saíram da terra e que quando voltam, na maioria, são considerados de cheios de mania ou snobes (também os há) e os que ficaram, mas que se abstraem de todos estes hábitos, que estão no seu canto, que socializam esporadicamente, habitualmente com os iguais a si.
Com o olhar de quem apenas por cá passa entre uma a três vezes por ano, apercebo-me do patamar em que cada um se encontra pelos hábitos que manifestam e pelos locais que frequentam.
Não me mantenho indiferente e muito menos, superior a tudo isto, principalmente porque ainda tenho amigos cá, curiosamente, sendo a maioria pertencente ao grupo dos que se abstraem.
Não tenho falsas moralidades, poque sei que os hábitos e rotinas são inevitáveis ao ser humano, especialmente nos meios mais pequenos e também porque, em tempos, já sucumbi a eles.
Mas, infelizmente, cada vez mais, considero que esta terra é absolutamente bela e pitoresca...mas não para viver, apenas para passar férias ou como turista.
Como uma amiga minha costuma dizer: "Esta vila é linda! Fica muito bem num postal!"
15 abril 2011
14 abril 2011
13 abril 2011
12 abril 2011
Gestos iguais
Alpha - My things
Tendo em conta as dores e a limitação física para me deslocar que tenho sentido nos últimos dias, dei por mim, diversas vezes, a pensar no passado...
No tempo em que a minha avó começou a coxear, que a anca começou a limitar o seu andar, que começou a necessitar de ajuda para se levantar e deslocar, do momento em que só de muletas se movia...
No tempo, mais próximo, em que a minha mãe começou a sentir os movimentos presos, a necessitar de algum tempo para "desemperrar" os ossos e começar a andar...
Das dores que a minha avó tinha e que a minha mãe começa a compreender melhor porque agora também as sente...
Constato que a limitação física, a dependência de alguém, a impotência que se sente, são uma constante no envelhecimento das mulheres da minha família...
Dou por mim a ter os mesmos gestos que já vi na minha avó e na minha mãe, a desmotivar face à limitação...
Dou por mim a viver um filme que já vi e que se repete...
Dou por mim triste por não ter estado mais presente com a minha avó (parvoíces da idade) e por estar agora tão longe da minha mãe...
Mas, se tal for o meu destino, agradeço ao universo, ter comigo uma companheira que me dá todo o apoio e carinho que alguém pode desejar.
Nota: sei que soa a derrotista, sei que hoje há formas de resolver os problemas que antes não havia, sei que tudo ficará melhor, mas o sentimento está cá...
11 abril 2011
Hoje é dia de...
...Osteopata !
Só de olhar para a imagem até já me sinto melhor!
Sim, as dores ainda não passaram. Já começo a passar-me de não poder fazer nada e de me estar a entupir de medicamentos!
Como tal, resolvi ir ao único homem que me satisfaz...o meu osteopata!
O único que tem autorização do meu amor (e minha) para tocar no corpinho (chama-lhe nomes!) da minha pessoa e que propicia gemidos de prazer!
Nota: isto já são demências de quem está há muito tempo sem...poder fazer esforços.
Vamos lá ver se amanhã estou melhor.
Também toca cá por casa
O título podia ser:
Cover: "Limit to Your Love",
pois é uma cover de uma música de Feist, mas como o mano caçula colocou isto a tocar no seu blog, em resposta aqui tem um: "também toca cá por casa"!
Nota: não esquecer que James Blake estará a 6 de Julho no Optimus Alive.
10 abril 2011
Covers: "Beatriz"
Um original de Edu Lobo e Chico Buarque, interpretado de uma forma única, pela inigualável Maria João e pelo virtuoso Mário Laginha.
08 abril 2011
Bancos de Jardim
Dvorak - Symphony No. 9 "From the New World" - II (part 1)
Foi aqui que tantas vezes esfolei os joelhos (digamos que sempre fui uma grande tropeçona): a saltar dos baloiços, a andar de bicicleta, a jogar à carica, a jogar aos polícias e ladrões, enfim, em correrias que arreliavam os velhotes que só queriam jogas às damas e à sueca!
Foi aqui que passei a minha infância e juventude, nestes bancos de jardim. A fase em que só nos sentamos com o rabo nas costas do banco e os pés em cima do banco, numa de "a malta tem estilo". A fase em que os nossos problemas eram todos extremamente profundos e sempre existênciais. A fase em que os "amigos" eram tudo e em que só íamos para casa mesmo no limite ou um pouco depois da hora marcada.
Foi aqui, nestes bancos, que comecei a sentir-me bem sozinha (porque não tinha pachorra para muitas das parvoíces da malta) onde me deitei a pensar em mil e uma coisas, a ouvir as andorinhas na primavera e as folhas a abanar nas árvores no outono. Onde li pela primeira vez Kundera e Garcia Márquez. Onde ouvia nas colunas de som do Jardim, os programas da Antena 1 e da Antena 2, sim, a música clássica (Dvorak, Mahler,Debussy,...) a música portuguesa (Trovante, Sétima Legião, GNR, Rão Kyao, Júlio Pereira...) e um pouco do que se fazia lá fora (Pink Floyd, Dire Straits, Police, Genesis...).
Foi aqui, nestes bancos, que muito conversei, com amigas e mais que amigas (sim, hoje consigo perceber que algumas as senti como mais que amigas), que muitas anedotas foram contadas, que descansei com a minha avó antes dos últimos passos até à sua casa, que refrescámos nas longas e quentes noites de verão e que esperámos que se fizessem horas para irmos para o cinema.
Ainda hoje, é aqui que, quando vou à terrinha, paro e olho para a vila e para as pessoas e lembro o passado.
Ainda hoje, é aqui que me sento com a minha mãe, para esta retomar forças para fazer o resto do percurso até casa.
Ainda hoje, é aqui (infelizmente menos vezes do que as que desejaria), que descanso com os sobrinhos, depois das correrias no jardim, dos saltos dos baloiços e depois de beberem água na fonte.
Ainda hoje, é aqui que, os velhotes (outros, não os mesmos), jogam a cartada e as damas e que a maltinha, cheia de estilo, com os seus fones e a teclar, se sentam como eu me sentava quando tinha a sua idade.
Se estes bancos de jardim falassem certamente muito diriam sobre as gentes desta terra.
07 abril 2011
Memórias musicais_9
No tempo do vinil e do gira-discos cor de laranja e preto do mano velho, em que o disco era manuseado como se de uma relíquia se tratasse e dizia para com os meus botões; "Não te atrevas a estragar a agulha! Cuidado para não riscar o disco!"
Tantas vezes ouvi isto.
O melhor trabalho dos Dire Straits!
(LOVE OVER GOLD - Telegraph Road)
06 abril 2011
Parabéns_2
Hoje, como no primeiro dia, no primeiro post, ainda tenho momentos em que desejo o incerto, momentos em que continuo com saudades do outro cantinho, momentos em que queria tanta coisa...
Mas uma certeza tenho: n@s.
Nós somos o passo certo; nós trilhamos o caminho que, pode não ser o melhor que queríamos, mas é o nosso caminho; são os nossos passos, são as nossas decisões que nos colocam hoje aqui; cada vez mais certas que, seja qual for o futuro, queremos partilhá-lo.
Este blog tem sido o cantinho para os meus desabafos (tantas vezes fundamentais para manter a sanidade mental), para me questionar pessoal e profissionalmente (e tantas vezes obtive respostas do outro lado que me ajudaram), para a partilha de imensas parvoíces, mas também dos meus interesses (mais numa perspectiva de criar uma biblioteca pessoal, "para mais tarde recordar").
Mas acima de tudo, este blog tem sido o lugar onde "conheço" pessoas e partilho formas de sentir, onde tenho sorrido, reflectido e crescido com o que, quem por cá passa, deixa.
Apesar de amig@s virtuais, tenho um grande carinho por todas as pessoas que por aqui têm deixado palavras amigas e é sempre com expectativa que leio o que escrevem nas suas casas, que sorrio com as suas alegrias e entristeço com as suas tristezas.
Se valeram a pena estes dois anos no ciberespaço?
Sem dúvida!
Um abraço a tod@s.
05 abril 2011
03 abril 2011
Covers: "Love is Blindness"
Do pop para o Jazz. De Bono para Cassandra.
Nota: Não me canso de Cassandra Wilson. Que voz!
02 abril 2011
"Adêta-te"!
Na minha terra, quando alguém anda sempre cheio de mazelas ou dores costuma-se dizer:
-"Adêta-te", como quem quer dizer: -"Vai mas é deitar-te que o que tu precisas é descanso e para ver se não te acontece mais nenhuma coisa"!
Como dizer isto tudo demora muito tempo e os alentejanos são muito poupados, dizer "adêta-te" é bem mais simples!
Bom, mas tudo isto pra dizer que eu estou nesse bendito estado!
Não me bastava no check-up que fiz (sim, porque aqui a cota já tem de fazer um todos os anos) ficar a saber que estou com falta de ferro, com o colestrol um pouco acima do recomendado e com um quisto no joelho que, mais cedo ou mais tarde me levará à faca.
Não me bastava, com tudo isto, já me estar a mentalizar que vou ter de fechar a boca quando for à terrinha na Páscoa; a começar a adaptar os exercícios no ginásio para não fragilizar mais o joelho e pensar nos efeitos secundários da toma de ferro durante três meses.
Agora tenho também de passar o fim-de-semana a curtir uma lombalgia!
Que bom!
Lá está o que disse inicialmente: Adêta-te!
(imagem in: http://fisiopsic.blogspot.com)
01 abril 2011
Covers: "Teardrop"
Grande homem do Jazz actual (que já tivemos o privilégio de ver), numa versão muito interessante de "Teardrop" dos Massive Attack.
Aliás ele tem mais covers excepcionais (se gostam explorem)!
Bom fim-de-semana!
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