Peanuts, Charles Schulz
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21 fevereiro 2016
22 maio 2014
Viver
" (…)
Morre lentamente
quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho,
quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho,
quem não se permite pelo menos uma vez na vida,
fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente
quem não viaja,
quem não lê,
quem não ouve música,
quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente
quem destrói o seu amor-próprio,
quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente,
quem passa os dias queixando-se da sua má sorte
ou da chuva incessante.
Morre lentamente,
quem abandona um projecto antes de iniciá-lo,
não pergunta sobre um assunto que desconhece
ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves,
recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior
do que o simples acto de respirar. (…) "
Dizia ele assim no seu livro ("Nunca te distraias da vida") citando Martha de Medeiros e realmente tem toda a razão, é tão fácil deixarmo-nos morrer lentamente, é tão mais fácil desistir, cansa tanto remar contra a maré, custa tanto suportar a falta de princípios de alguns (cada vez mais),
tanto esforço e depois os mal humorados somos nós, os conflituosos somos nós
...
Para quê?
Para podermos viver sem termos vergonha de nós próprios
(e enquanto eu conseguir ter a sanidade para pensar assim, vai o barco menos mal)
Nota: Acho que como ele diz no vídeo, devo estar a precisar de um abraço!
…
Nota_1: E não, felizmente não tenho ninguém a passar pela sua situação.
18 setembro 2013
Afortunada?
E já lá vão 15 anos na profissão que abracei, 14 dos quais passados aqui nas ilhas...
Este início de ano tem-me deixado com uma sensação como quando temos uma dor e procuramos não ligar-lhe para ver se passa...mas não passa...
Optei por vir para as ilhas porque na mainland só fui capaz de me sujeitar dois anos ao dissabor de percorrer o país todo, distrito a distrito para concorrer (sim ainda sou do tempo que era preciso calcorrear o país de lés a lés, com filas intermináveis de pessoas a tentar o mesmo).
E assim o fiz, num ato um pouco impulsivo lá peguei na trouxa e a 30 de setembro de 1998 chegava ao lugar pelo qual me apaixonei e onde me apaixonei (mas isso é outra história).
Nesse ano e nos seguintes, alguns amigos também optaram pelo mesmo, mas muitos ficaram lá, uns mudaram de profissão, muitos mudaram de ciclo de ensino e quase todos ficaram bem longe de casa, chegando a fazer centenas de km por dia.
Os anos passaram e alguns dos de cá voltaram para lá e eu e poucos mais ficámos, uns porque se apaixonaram pelas ilhas, outros por saberem que mesmo indo iriam ficar longe de casa e certamente longe dos seus/suas companheiros(as) e longe por longe, mais vale aqui!
Mas também por receio do que podia lá acontecer...sim, o que se veio a verificar e realmente está a acontecer!
Os da minha geração e média profissional, são aqueles que neste momento estão com a corda no pescoço, em risco de ficarem no desemprego!
É claro que, por enquanto, estão melhor do que os milhares que já ficaram sem emprego, mas até quando?
A angústia, a incerteza...como querem "eles" que pessoas nesta situação sintam motivação no trabalho?
Ah e tal, dirão "eles": -"Deviam dar-se por satisfeitos de ter emprego."
Sim, tendo em conta tudo o que se passa no país, talvez devessem sentir-se gratos, mas tal não é condição suficiente para sentirem motivação pois, por inúmeros fatores, cada vez mais as condições de trabalho são insuficientes!
Tudo isto me provoca uma imensa angústia, por lamentar o que está a acontecer com muitos colegas e por pensar que eu poderia estar na mesma situação!
Mas também porque faz-me questionar sobre que legitimidade tenho para me mostrar insatisfeita com as minhas condições de trabalho, quando há tanta gente bem pior que eu?
E refletindo sobre tudo isto, parece-me que por aqui estamos todos menos reivindicativos, mais apagados, porque no fundo, tendo em conta a situação atual, quase que sentimos a obrigação de nos considerarmos afortunados!
14 agosto 2013
Por entre extremos
De um lado a saudade imensa,
a vontade de estar com quem, em todas as vezes que lá vou se nota mais o passar do tempo, os pais.
A vontade de ir beber o cafezinho da manhã com a mãe, apanhar a pouca aragem que se sente por essas horas, auxiliar nos afazeres, abraçar, mimar e simplesmente estar,
a vontade de seguir atrás do pai pelas poucas sombras que o casario proporciona ao início da tarde, para com ele o cafezinho tomar após o almoço, para lhe fazer a vontade de me "mostrar" às gentes da terra
Por outro o sentir que sou um estorvo,
que pouco após a chegada, após o "carregamento da bateria" das saudades que de mim tinham, que após o meu próprio "matar" de saudades, estou a tirá-los da sua rotina diária,
que o modificar do habitual cria instabilidade.
Queria conseguir evitar este sentir que não sei se sou eu que o origino,
queria conseguir relaxar,
queria encontrar o verdadeiro diálogo onde ele nunca existiu.
Chego sempre com a vontade de que tudo esteja melhor, que a amargura ceda lugar ao entendimento, que as dores físicas e psicológicas sejam menores e que a harmonia seja constante e não esporádica.
Parto sempre com a frustração de quem nada pode fazer, pois ambos, cada um à sua maneira, carregam um fardo que os filhos, por muito que quisessem, não conseguem dissipar, apenas amenizar.
Queria apenas que fossem verdadeiramente felizes.
Daughter - Drift
11 julho 2013
"(...) esquivo e confuso"
Sei que pouco tenho passado por aqui,
pouco conteúdo tenho deixado no que publico
(por vezes só a música parece continuar a querer ser partilhada),
pouco tenho comentado nos blogs que sigo,
como diz quem anda de pés para o ar : "não tenho falado quase nada".
Por muito que aqui partilhe um pouco de mim
obviamente tal não corresponde ao todo
Partilhar implica refletir
e por vezes prefiro não refletir...
Em especial nesta altura difusa que não é trabalho nem férias
é habitual sentir-me sem rumo
é a fase em que volto aos livros, pois durante a fase de trabalho não consigo ter motivação para pegar em nada
Por isso, aqui estou a devorar, a conselho do mano velho,
o livro "Pensei que o meu pai era Deus"(Antologia organizada por Paul Auster),
o qual me está a saber tão bem e a dar vontade de voltar a dizer algo.
Aqui ficam umas palavras que me tocaram e fizeram refletir:
"Todos sentimos que fazemos parte do mundo e que, no entanto, estamos exilados dele. Todos ardemos no fogo da nossa própria existência. São precisas palavras para exprimir aquilo que existe em nós (...)"
"Fiquei a saber que não sou o único a acreditar que, quanto melhor compreendemos o mundo, mais esquivo e confuso ele se torna."
Nota: afinal, provavelmente, não sou um bichinho assim tão raro. Há mais como eu!
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parvoíces minhas
30 julho 2012
Não é assim tão fácil...
Nota: parece-me que o meu conceito de felicidade, de honestidade, de amizade continua a deixar-me mal.
Porque é que eu não aprendo de vez que nem toda a gente leva estes assuntos a sério?
Be happy and don't give a damn? Not so easy...
12 julho 2012
"Favorite people"
Saudades dos amigos da terrinha, saudades dos amigos da ilha do coração, saudades...
Boy - Army
You should see my favorite people,
You catch a glimpse of gold through their skins.
I walk on air whenever I'm with them,
They're where the happiness begins.
And I'm alright on my own, but with them I'm much better
They're like diamonds and diamonds are forever.
They're taller than giants,
They outshine all the stars
They are the love above the love
They're my army of fortune,
They win every war
They are the love above the love
They're a boat when I'm underwater
They tame the sharks and they calm the waves
When I choke they pat my back harder
My load is light, my secrets are safe
And I'm alright on my own but with them I'm much better
They're like diamonds and diamonds are forever…
They're taller than giants,
They outshine all the stars
They are the love above the love
They're my army of fortune,
They win every war
They are the love above the love
You catch a glimpse of gold through their skins.
I walk on air whenever I'm with them,
They're where the happiness begins.
And I'm alright on my own, but with them I'm much better
They're like diamonds and diamonds are forever.
They're taller than giants,
They outshine all the stars
They are the love above the love
They're my army of fortune,
They win every war
They are the love above the love
They're a boat when I'm underwater
They tame the sharks and they calm the waves
When I choke they pat my back harder
My load is light, my secrets are safe
And I'm alright on my own but with them I'm much better
They're like diamonds and diamonds are forever…
They're taller than giants,
They outshine all the stars
They are the love above the love
They're my army of fortune,
They win every war
They are the love above the love
(letra via: lyricshall.com)
08 março 2012
06 março 2012
Considerações...ao vento
Quando nos colocam numa situação em que só há duas hipóteses pouco apelativas, a espada ou o precipício, há que considerar que, apesar de nos podermos magoar na espada, será preferível optar por correr esse risco do que cair no precipício...
...
a minha opinião vale a pouca ou muita importância que lhe quiserem atribuir
a minha opinião é tão simplesmente isso...uma perspetiva sem juízos de valor
...
continuo a considerar que dos amigos queremos a verdade nua e crua, por muito que possa doer
...
é tendo por base esse princípio que com o passar dos anos o "filtro" não tenha deixado avançar algumas relações,
é tendo por base esse mesmíssimo princípio que sei que os que me acompanham há muito valem a pena e que sou afortunada por tê-los na minha vida, pois sempre me fizeram crescer, quer com apoio, quer fazendo refletir e mudar o caminho quando necessário.
11 fevereiro 2012
17 dezembro 2011
Já com saudades...
...ainda ontem foste e sinto-me meio perdida num sábado de manhã...
"I came from the valley
And you came from the sea
You smell like thesand" ocean :)
And you came from the sea
You smell like the
...
"And you kiss my mouth
And I learn to walk
And I learn to try..."
And I learn to walk
And I learn to try..."
Se soubesse que te sentias a 100% aí, não estaria tão ... murcha como me sinto
A nossa ilha já não enche o coração como noutros tempos...
Nós crescemos, nós mudamos (ou foram eles que mudaram perante n@s?)
Se estarmos afastadas nesta época te enchesse o coração eu estaria mais feliz por ti e suportaria melhor a tua ausência...
27 outubro 2011
Entranha-se...
Eu também lá fui e também lá piquei-me!
Ainda bem, porque lá conheci o amor...o teu, que se tornou nosso.
Lá fiz amigos de quem tantas saudades tenho.
Saudades dos lugares tão meus, tão nossos, tão da ilha, como não há igual noutro lugar, tal como dos seus sons e cheiros, sim o cheiro da terra, do sargaço, do mar, até da fábrica e os sons do mar na rocha, dos garajaus, dos melros, até do som do movimento dos ramos dos salgueiros pela ação do vento.
Nostalgia, porque hoje falei com alguém de lá e todo o turbilhão de emoções ficou à flor da pele.
Não me consigo desligar...
Sim, eu fui e piquei-me e sinto-o dentro de mim...
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12 agosto 2011
...
Angústia esta que não sai de mim por estar onde queria estar, mas por não conseguirmos estar à vontade...
porque apesar de nos sentirmos em casa, este nunca será o nosso lugar...
porque o não ferir susceptibilidades fala mais alto e assim andamos nós a jogar às escondidas...
Ilha esta que me está entranhada e que considero minha apesar de o meu Alentejo não ter nada a ver com isto...
E os amigos, aqueles do coração, que nos faziam falta mais próximos e que sem falar compreendem a nossa nostalgia e nada dizem para não nos sentirmos ainda mais frágeis...
...vida esta...
20 abril 2011
Pitoresco...ou talvez não
Apesar dos cabelos brancos, da falta de cabelo, das rugas e de um ou outro pormenor, as pessoas que por aqui vejo, são as mesmas.
Há a geração em que todas as mulheres têm o cabelo da mesma cor e com o mesmo corte e em que os homens exibem todos a sua maior ou menor protuberância abdominal (motivada por muito petisco e minis bebidas no encosto do balcão).
Há a geração dos mais velhos, em que as mulheres, religiosamente, bebem o seu café (café não: descafeinado, garoto ou bica cheia) todas as manhãs no mesmo café de sempre e em que os homens bebem o seu café sempre acompanhado do dedal de aguardente e que depois passam o resto do dia encostados às mesmas paredes e cantos de outros tempos (arrisco a dizer que alguns cantos até estarão mais polidos à conta de tantas geraçōes de encosto), tal e qual lagartos ao sol.
Os mais idosos que estes, a maioria vestidos de negro, mantêm-se fiéis à sua cartada e aos seus bancos de jardim, escolhidos em função da hora do dia, para não levarem com o sol; quanto às mulheres, essas...não se vêem, a não ser na farmácia ou a ir buscar água à fonte.
Os mais novos, esses, rapazes e raparigas, seguem em demasia o caminho do morcego, dormem o dia todo e vêem-se ao fim da tarde, momento em que começam a romaria das esplanadas e bares, bebendo e fumando em demasia.
Numa terra em que socializar implica sempre ter um copo à frente, o que, para além disto, têm em comum todas estas pessoas?
O que de comum há em todas as pequenas vilas do nosso país...todos falam de todos e todos têm algo a dizer sobre os actos dos restantes.
Todos têm em comum o repetir dos hábitos das geraçōes anteriores, pois todos mudam o seu pouso à medida que avançam na idade (como quem progride no status local) e todos apresentam os mesmos gestos e actos que criticavam nos seus antecessores.
Obviamente há quem se alheie de tudo isto, os incompreendidos pelos restantes, aqueles que saíram da terra e que quando voltam, na maioria, são considerados de cheios de mania ou snobes (também os há) e os que ficaram, mas que se abstraem de todos estes hábitos, que estão no seu canto, que socializam esporadicamente, habitualmente com os iguais a si.
Com o olhar de quem apenas por cá passa entre uma a três vezes por ano, apercebo-me do patamar em que cada um se encontra pelos hábitos que manifestam e pelos locais que frequentam.
Não me mantenho indiferente e muito menos, superior a tudo isto, principalmente porque ainda tenho amigos cá, curiosamente, sendo a maioria pertencente ao grupo dos que se abstraem.
Não tenho falsas moralidades, poque sei que os hábitos e rotinas são inevitáveis ao ser humano, especialmente nos meios mais pequenos e também porque, em tempos, já sucumbi a eles.
Mas, infelizmente, cada vez mais, considero que esta terra é absolutamente bela e pitoresca...mas não para viver, apenas para passar férias ou como turista.
Como uma amiga minha costuma dizer: "Esta vila é linda! Fica muito bem num postal!"
12 abril 2011
Gestos iguais
Alpha - My things
Tendo em conta as dores e a limitação física para me deslocar que tenho sentido nos últimos dias, dei por mim, diversas vezes, a pensar no passado...
No tempo em que a minha avó começou a coxear, que a anca começou a limitar o seu andar, que começou a necessitar de ajuda para se levantar e deslocar, do momento em que só de muletas se movia...
No tempo, mais próximo, em que a minha mãe começou a sentir os movimentos presos, a necessitar de algum tempo para "desemperrar" os ossos e começar a andar...
Das dores que a minha avó tinha e que a minha mãe começa a compreender melhor porque agora também as sente...
Constato que a limitação física, a dependência de alguém, a impotência que se sente, são uma constante no envelhecimento das mulheres da minha família...
Dou por mim a ter os mesmos gestos que já vi na minha avó e na minha mãe, a desmotivar face à limitação...
Dou por mim a viver um filme que já vi e que se repete...
Dou por mim triste por não ter estado mais presente com a minha avó (parvoíces da idade) e por estar agora tão longe da minha mãe...
Mas, se tal for o meu destino, agradeço ao universo, ter comigo uma companheira que me dá todo o apoio e carinho que alguém pode desejar.
Nota: sei que soa a derrotista, sei que hoje há formas de resolver os problemas que antes não havia, sei que tudo ficará melhor, mas o sentimento está cá...
22 fevereiro 2011
Questões
Porque não nos basta sentir-mo-nos afortunados com o que temos?
Porque queremos sempre mais?
Nota: estamos mesmo a precisar de sair da ilha...
... e respirar outros ares!
15 fevereiro 2011
07 fevereiro 2011
Saudade...
...da montanha com neve...
...de subir e sentir a neve a ceder com o peso das passadas...
...de inspirar e sentir o ar frio a entrar no sistema e a purificar a alma...
...de chegar ao topo e da serenidade que se sente nesse momento...
Craig Armstrong - Gentle Piece
13 agosto 2010
Voltar...
Ólafur Arnalds - Tunglið
...e amanhã volto ao lugar onde tudo começou para n@s...

...não posso deixar de sentir felicidade pelo reencontro das pessoas, dos lugares, dos nossos cantinhos...
...não posso deixar de sentir tristeza pelos mesmos motivos...
Lá estão algumas pessoas que contam, mas também estão as outras, as que vão olhar de lado, as que vão falar nas costas, as que vão ser falsas e aquelas que terei que evitar...
Porque não consigo ser indiferente a isso?
Porque será que não me bastará a alegria de saber que amanhã já vou para o mar, que irei pescar, conversar muito com quem n@s quer bem e comer e beber demais?

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