30 abril 2010

Vivências partilhadas

Depois de reflectir acerca deste post e de ler os comentários que teve, em especial o colocado aqui, senti necessidade de partilhar a minha visão, a qual tem vindo a sofrer alterações ao longo dos anos.
Começo por referir que, por princípio, acredito que a honestidade é o melhor caminho, e que foi exactamente pela inexistência desta que a minha relação com a gaivota, no início, foi interrompida, pois eu não estava a conseguir lidar com a mentira, com os esquemas que inventávamos para podermos estar juntas.
O esconder, o omitir, o mentir, o ser difícil incluí-la na minha vida com as pessoas que me rodeavam, a determinada altura custou-me imenso, mas mais que tudo tornou-se impossível de suportar a omissão em relação aos meus irmãos e aos amigos mais próximos, os quais são peças fundamentais na minha vida. Tal situação foi motivo para eu não aguentar a pressão e acabar com tudo.
Após algum tempo, em que o amor se mostrou mais forte do que tudo o resto, felizmente a gaivota aceitou-me e abriu-me os seus braços de novo, e fortalecidas pelo reencontro, mostrou-se-me natural e simples a partilha com os irmãos e os amigos, pois eu transbordava de felicidade e penso que o facto de eles terem essa percepção, de me sentirem bem comigo própria, fê-los compreender, respeitar e apoiar o meu caminho. De tal forma que, hoje em dia, para orgulho e inveja minha, quer amigos quer manos, falam mais com ela do que comigo (ok, eu sei, estou sempre fora de contacto)!
Quanto aos pais, pela idade avançada, pela distância, pela ausência física, pela falta de diálogo, no início pensei que para já não lhes diria nada porque não iriam perceber, nem aceitar. Depois, após a gaivota ter contado aos seus pais, os quais pensávamos que supostamente já desconfiariam e me aceitavam nas suas vidas e que supostamente teriam uma mente mais aberta , pelo contrário, passaram a ignorar-me, como se eu não existisse na vida da filha deles.
Esta situação deixou-nos bastante desgostosas e fez-me refrear qualquer intenção ou vontade que tivesse de partilhar com os meus pais, pois agora, no desconhecimento aparente, eles aceitam-na na minha vida como uma parte integrante desta, como que de uma amiga "muito próxima" se tratasse.
Se contar arrisco-me à incompreensão e à rejeição, para além de que se poderá tornar uma dor para eles, a qual não sei se deva lhes infringir.
Para quê fazê-los sofrer nesta fase das suas vidas? Por vezes a ignorância, o desconhecimento ou a não confrontação é o melhor.
Tantas vezes tenho o desejo de partilhar, em especial, com a minha mãe e contenho-me...
Do conhecimento de experiências vividas por outras amig@s, vejo bastantes problemas e frustrações familiares...
O que faremos? Para já contento-me com os meus pais perguntarem por ela, por lhe abrirem a porta da sua casa, por podermos partilhar o mesmo espaço físico sem qualquer relutância.
A não ser que me questionem, por muito que queira, não penso para já dizer-lhes.
Seria mais feliz na honestidade? Certamente seria o que desejávamos, pelo menos sentiriam-mo-nos mais leves, mas não necessariamente de bem com todos.
Assim, a omissão permite-nos conviver sem os "obrigar" a reagir.
Penso que nos é mais fácil viver desta forma, porque temos um bom grupo de amigos à nossa volta, nos quais sentimos bastante apoio.
Mas perguntem-me outra vez no Natal, quando cada uma tiver de ir para seu lado...talvez a resposta seja outra!


FIRST AID KIT - Truth can hurt

29 abril 2010

Eu sou como o Stan!

...e tenho muito orgulho nisso!
Tenho realmente dificuldade em perceber como há tantos amigos!
A gaivota tem, na sua "página", amigos aos montes, gente de quem já nem se lembrava!
Faz-me lembrar aquela situação em que encontramos, fora do contexto habitual, uma pessoa da terrinha, a qual lá na terra passa por nós e não diz nada e só por nos encontrar fora dela decide atirar foguetes por ver alguém "conhecido"! Enfim...

Divirtam-se a ver!




NOTA: Eu sei que pode parecer um contra-senso, uma vez que já conheci muitas pessoas interessantes aqui neste cantinho.

28 abril 2010

Tango!

Que bom, que bom!
Aproveito a ida à Mainland e vou ver...


...só faltará a gaivota para ser óptimo!
(não desfazendo da companhia que vai ser muito boa!)

26 abril 2010

Difícil...

Porque não nos bastamos,
porque não vivemos isoladas do mundo,
porque queremos partilhar a nossa vida com quem mais amamos,
porque a aceitação não lhes é fácil,
por tudo isso, há dias difíceis.

Sentir que estão tão perto e não se aproximam,
Sentir tristeza,
Querer mostrar que somos felizes,
Tentar respeitar,
Dar espaço,
Um dia será melhor...quando?
Quem sabe?
Até esse dia chegar, se chegar, até lá, dói...

Amiina - Rugla


21 abril 2010

Aqui


Agora sim é definitivo, está escrito oficialmente!
Como já havia dito antes, agora, aqui, é o nosso lugar.
A oficialização, a nível profissional, por um lado deixou-me feliz pela consecução do objectivo, por outro lado deu-me um aperto no coração pelo que deixou atrás...
Estou feliz, estou triste, a balança em mim fala mais alto, enquanto pesar mais no lado "estou feliz", está tudo bem!

Ahn Trio - Dies Irie

16 abril 2010

Lisonjear...


Incomoda-me quando consideram a nossa relação excelente e a elogiam demasiado!
"- Que estúpida! Devia era sentir-se feliz e orgulhosa!" pensarão vocês, não?
Incomoda-me porque motiva comparações e chega a suscitar inveja.
Incomoda-me porque nada é perfeito, a relação tem crescido ao longo dos anos, pela partilha, pelo diálogo, por dizermos tudo uma à outra e querermos que a outra esteja bem. Tal complementaridade só é possível porque temos vindo a efectuar alguns ajustes desde que vivemos juntas, porque temos procurado que as peças encaixem o melhor possível.
Pensamos que só assim se pode construir uma relação sólida, pois só amar a outra pessoa não nos prepara para uma vida a duas (especialmente quando se trata de mim, que sou um bicho do mato!).
O amor que sentimos transparece ainda mais quando estamos junto dos que nos conhecem e, há pouco tempo, dois comentários, com intuito lisonjeiro, incomodaram-me bastante.
Serão os actos? Não andamos por aí com demagogias, nem com comparações!
Será a felicidade no olhar?
Será amor demais?
Não queremos ser especiais, apenas queremos partilhar a nossa felicidade com quem nos rodeia.

Nouvelle Vague - I Melt With You

11 abril 2010

da varanda





Agora sim, estamos a desfrutar da nossa
maison.
Sentimo-nos umas privilegiadas pela vista magnífica que temos, pois até parece que estamos de férias!
O pequeno-almoço com esta tela até nos deixa com maior energia para o dia de trabalho.
Grandes patuscadas aqui faremos!
Amig@s cá vos esperamos, pois quem por cá passa simplesmente adora (tendo como referência quem acabou de se ir embora, só faltou chorar) !





Gilberto Gil - A Novidade


NOTA: Acho que se avizinha um Verão cheio de Caipirinhas ao sol : )

08 abril 2010

Quem dera...

A última aquisição de relevo que fiz foi o livro "Wise Women" da fotógrafa Joyce Tenneson.
Com fotografias de estrelas e anónimas, celebra o poder e a beleza de mulheres na terceira fase das suas vidas.
Cada foto é acompanhada por um comentário, dos quais destaco o seguinte.

"The most important thing is to try and enjoy life—because you never know when it will be gone. If you wake up in the morning and you have a choice between doing the laundry and taking a walk in the park, go for the walk. You’d hate to die and realize you had spent your last day doing the laundry!"
— Christine Lee, 67

"Pare,Escute,Olhe"

Um documentário de Jorge Pelicano sobre a linha ferroviária do Tua.
Porque, como é referido no documentário, há outras soluções, porque o nosso país, felizmente, está cheio de cantinhos maravilhosos como este, os quais, na sua maioria, não são aproveitados da melhor forma.
E nem sempre "da melhor forma" está relacionado com cifrões!
A ver com atenção!

07 abril 2010

Parabéns

Quem me conhece sabe que sou um espectáculo a esquecer-me dos aniversários de toda a gente!
Ao ponto de a gaivota ser a "minha agenda" para datas importantes da família e amigos.
Ok, confesso é preguiça! Podia ter avisos no telemóvel, no iCal, uma agenda,...pois, preguiça!
Tudo isto pra dizer que ontem o blog fez um ano!
Parabéns atrasados!