17 junho 2009

A vida dos nossos

Ao vir para os Açores e com o passar dos anos que por cá tenho estado (já lá vão 11 anos), fiquei a conhecer melhor os meus amigos do lado de lá do oceano. 

Por estranho que possa parecer, foi a distância que nos aproximou mais, isto porque separou o trigo do joio, ou seja só ficaram os que realmente contavam, aqueles que, mesmo se passando por vezes um ano ou mais sem qualquer contacto, quando estamos juntos parece que ainda ontem nos vimos e falamos com a intensidade de quem tudo quer partilhar e aproveitar ao máximo o momento vivido em conjunto.

É com orgulho que posso dizer que me sinto afortunada por ter uns quantos amigos assim, os quais de facto me conhecem.

Neste momento gostaria de poder estar mais próximo, geograficamente, de uma amiga desse grupo restrito, a qual está a passar uma fase da sua vida a qual eu adorava partilhar e sei que ela também. 

Há fases que devem ser vividas proximamente, não nos basta o falar, há que presenciar, pois há situações que não se conseguem transmitir.

É nestes momentos que sinto a cegonha em mim a querer voar, mas sei que o garajau é mais forte e me faz continuar aqui, embora ciente das eventuais consequências que daí poderão advir.

Feliz de mim que posso contar com tais amigos que me compreendem, aceitam e continuam ao meu lado.

Para tod@s eles há um cantinho no meu coração.




Ólafur Arnalds "Raein"

2 comentários:

kris disse...

há "males" que vem por bem...como se costuma dizer.
Afortunada que és teres amigos assim..:)

beijo

cegonhagarajau disse...

Kris,
tens razão, de facto sou afortunada.

Abraço