11 julho 2013

"(...) esquivo e confuso"

Sei que pouco tenho passado por aqui, 
pouco conteúdo tenho deixado no que publico
(por vezes só a música parece continuar a querer ser partilhada),
pouco tenho comentado nos blogs que sigo,
como diz quem anda de pés para o ar : "não tenho falado quase nada".

Por muito que aqui partilhe um pouco de mim
obviamente tal não corresponde ao todo

Partilhar implica refletir
e por vezes prefiro não refletir...

Em especial nesta altura difusa que não é trabalho nem férias
é habitual sentir-me sem rumo
é a fase em que volto aos livros, pois durante a fase de trabalho não consigo ter motivação para pegar em nada

Por isso, aqui estou a devorar, a conselho do mano velho,
o livro "Pensei que o meu pai era Deus"(Antologia organizada por Paul Auster),
o qual me está a saber tão bem e a dar vontade de voltar a dizer algo.

Aqui ficam umas palavras que me tocaram e fizeram refletir:

"Todos sentimos que fazemos parte do mundo e que, no entanto, estamos exilados dele. Todos ardemos  no fogo da nossa própria existência. São precisas palavras para exprimir aquilo que existe em nós (...)"

"Fiquei a saber que não sou o único a acreditar que, quanto melhor compreendemos o mundo, mais esquivo e confuso ele se torna."


Nota: afinal, provavelmente, não sou um bichinho assim tão raro. Há mais como eu!

2 comentários:

Carla |O| disse...

Também já li esse livro e é uma pequena pérola de simples felicidade. :)

O silêncio, às vezes, muitas vezes, também faz bem. :)

Abraço.

rv disse...

ai A. isto por cá também anda tão estranho e angustiante que tenho a sensação que para o ano tenho que concorrer para aí passados 16 anos de serviço